Arquivo da categoria ‘Música Sacra’

Pax Domini! Irmãos e Irmãs.

A partir de hoje o Fé Católica de Sempre a cada semana irá explanar sobre o Canto Gregoriano, apresentando um pouco da sua definição, história, prática e desenvolvimento ao longo dos séculos. O intuito é apresentá-lo como uma das práticas mais antigas da Igreja que faz parte da  Sã Doutrina.

A profunda expressão de fé encontrada neste canto sacro é desconcertante, e só vai saber quem melhor conhecer.

Não perca essa fascinante jornada! E vamos ao que interessa…

canto gregoriano

O Canto Gregoriano é um gênero de música vocal monofônica, monódica (só uma melodia), não acompanhada, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal com o organum, com o ritmo livre e não medido, utilizada pelo ritual da liturgia católica romana, a ideia central do cantochão ocidental.

san gregorio Magno Goya

As características foram herdadas dos salmos judaicos, assim como dos modos (ou escalas, mais modernamente) gregos, que no século VI foram selecionados e adaptados por Gregório Magno para serem utilizados nas celebrações religiosas da Igreja Católica.

Somente este tipo de prática musical podia ser utilizada na liturgia ou outros ofícios católicos. Só nos finais da Idade Média é que a polifonia (harmonia obtida com mais de uma linha melódica em contraponto) começa a ser introduzida nos ofícios da cristandade de então, e a coexistir com a prática do canto gregoriano.

gregorian-chant

Desde seu surgimento que a música cristã foi uma oração cantada, que devia realizar-se não de forma puramente material, mas com devoção ou, como dizia Paulo (Apóstolo): “cantando a Deus em vosso coração”. O texto era, pois, a razão de ser do Canto Gregoriano. Na verdade, o canto do texto se baseia no princípio – segundo Santo Agostinho – de que:

 “quem canta ora duas vezes”.

O canto Gregoriano jamais poderá ser entendido sem o texto, o qual tem primazia sobre a melodia, e é quem dá sentido a esta. Por isso, ao interpretá-lo, os cantores devem haver compreendido bem o sentido dele. Em consequência, deve-se evitar qualquer impostação de voz de tipo operístico, em que se busca o destaque do intérprete.

Na teoria…

Deste canto procedem os modos gregorianos, que dão base à música ocidental. Deles vêm os modos maior (jônio) e menor (eólico), e outros cinco, menos conhecidos (dórico, frígio, lídio, mixolídio e lócrio).

Palestrina e os Papas

Publicado: 27 de novembro de 2012 por giocbrj12 em Cantos de Sempre!, Música Sacra
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Em uma análise sintética. Entenda nesse vídeo a surpreendente história: de “amor, dedicação”, desse grande compositor da nossa Música Sacra, que deixou sua arte florescer na vida da Igreja. Assim, foi Giovanni Pierluigi da Palestrina, que grande contribuiu para o Canto Sagrado.

Assista!

Música Sacra.: “Te Deum laudamus!”

Publicado: 22 de novembro de 2012 por Fé Católica de Sempre em Cantos de Sempre!, Música Sacra
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Te Deum é um hino litúrgico católico atribuído a Santo Ambrósio e a Santo Agostinho, iniciado com as palavras “Te Deum Laudamus” (A Vós, ó Deus, louvamos).

Segundo a Tradição, este hino foi improvisado na Catedral de Milão num arroubo de fervor religioso desses santos.
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Nesse video, conseguimos notar tamanha grandeza e profundidade do Hino.
(as imagens são fantásticas). Vale a pena conferir!

Isso faz parte da Fé Católica de Sempre !

Musica Sacra, para educar o ouvido…

Publicado: 20 de novembro de 2012 por Fé Católica de Sempre em Cantos de Sempre!
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Giovanni Pierluigi da

PALESTRINA

Giovanni Pierluigi da Palestrina

(4 de março de 1525 – 2 de fevereiro de 1594) foi um compositor italiano da música renascentista. Foi o mais famoso representante da Escola Romana de composição musical, e exerceu uma vasta influência no desenvolvimento da música católica; sua obra pode ser considerada a mais representativa da polifonia renascentista.

Giovanni Pierluigi nasceu em Palestrina, uma cidade próxima a Roma, naquela época parte dos Estados Papais. Passou a maior parte de sua carreira em Roma. Documentos sugerem que visitou a cidade pela primeira vez em 1537, quando está listado como um coralista na basílica de Santa Maria Maggiore. Estudou com Robin Mallapert e Firmin Lebel.

Sua primeira publicação de composições, um livro das missas, causou uma impressão tão favorável ao papa Júlio III, que este o nomeou diretor musical da Capela Sistina. Além disso, este foi o primeiro livro de missas publicado por um compositor italiano: nos estados italianos de sua época, a maioria de compositores de música sacra eram dos Países Baixos, da França, ou da Espanha. Palestrina ocupou posições similares em outras igrejas de Roma entre os anos 1550-1560, e retornou à Capela Sistina em 1571 , permanecendo em São Pedro durante o restante de sua vida.

A década de 1570 foi pessoalmente difícil para ele; perdeu seu irmão, dois de seus filhos, e sua esposa, em três epidemias distintas da peste. Cogita-se que ele pode ter considerado se transformar em um padre nesta época, mas preferiu casar-se outra vez, com uma viúva rica; isto deu-lhe finalmente a independência financeira e permitiu compor prolificamente até sua morte. Morreu em Roma de pleurisia em 1594.

Palestrina deixou centenas das composições, incluindo 104 missas, 68 ofertório, mais de 300 motetos, ao menos 72 hinos, 35 magnificats, e ao menos 140 madrigais. Suas composições são caracteristicamente muito claras, com vozes equilibradas e belamente harmonizadas. Entre os trabalhos cotados como obras-primas estão a Missa Papae Marcelli (Missa do Papa Marcelo), que de acordo com a lenda foi composta para persuadir o conselho de Trento (que instituiu a doutrina da Contra-Reforma) que uma proibição dogmática da polifonia musical na música sacra era desnecessária. Entretanto, pesquisas mais recentes mostram que esta missa foi composta antes da reunião dos cardeais para discutir a proibição (possivelmente dez anos antes). É provável, entretanto, que Palestrina estivesse completamente consciente das necessidades de inteligibilidade do texto conforme a doutrina da Contra-Reforma, e tivesse escrito seus trabalhos para este fim de 1560 até o fim de sua vida.

O “estilo Palestrina “– da polifonia do séc. XVI, derivado e codificado por Johann Joseph Fux através de um estudo cuidadoso de sua obra — é o que é ensinado geralmente em aulas de contraponto das faculdades de música, embora de uma forma adulterada, já que Fux cometeu um número de erros estilísticos que foram corrigidos por autores posteriores (notavelmente Jeppesen e Morris). Nenhum compositor do século XVI foi mais consistente na obediência às suas próprias regras, e em permanecer dentro dos limites estilísticos impostos por si mesmo, do que Palestrina.

Palestrina era imensamente famoso em sua época, e sua reputação só tem aumentado depois de sua morte. A música conservadora da escola romana continuou a ser escrita em seu estilo (conhecido como o da “pratica prima” no séc. XVII), por compositores como Giovanni Maria Nanino, Ruggiero Giovannelli, Arcangelo Crivelli, Teofilo Gargari, Francesco Soriano e Gregorio Allegri. Cogita-se também que Salvatore Sacco possa ter sido um estudante de Palestrina. A música de Palestrina continua a ser executada e gravada, e fornece modelos para o estudo do contraponto.

Ouça.: Palestrina audio by MARTÍN CODAX

Fonte: Wikipedia.